sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O "efeito sanfona" dos celulares.



Quando os primeiros celulares chegaram ao mercado, no início da década de 80, o conceito de portabilidade era muito diferente do que temos hoje. O Motorola DynaTAC, por exemplo, um dos pioneiros no segmento, pesava quase 800 gramas e tinha 33 centímetros de altura.

Na época isso não era um problema e como poucas pessoas tinham um aparelho assim, poder receber ligações fora de um ponto fixo já era um diferencial e tanto, pelo qual valia a pena carregar “tijolo” por aí. Porém, entre todos os tipos de produto, os celulares talvez sejam os que mais evoluíram e se transformaram ao longo das últimas três décadas.

De simples aparelhos para fazer e receber ligações, os celulares ganharam mais e mais funções, tornando-se verdadeiros computadores. A evolução tecnológica fez com que baterias, processadores e placas de circuito fossem reduzidas e, no final da década de 90, já tínhamos no mercado celulares menores até mesmo do que os que existem na atualidade.

Com o aumento do número de funções dos aparelhos, os dispositivos começaram a se reinventar. Nokia, Motorola, Samsung e BlackBerry trataram de transformar os celulares em smartphones, acrescentando sistemas operacionais otimizados, aplicativos e jogos. A Apple, em 2007, eliminou o teclado físico e apostou nas telas sensíveis ao toque. O sucesso do iPhone ditou a tendência dos anos seguintes: celulares com tela touch.

Porém, as telas com tamanho entre 3 e 4 polegadas aos poucos também ficaram “pequenas” para jogos com resolução cada vez mais alta. E, curiosamente, o sucesso de outros smartphones, em especial os da linha Galaxy da Samsung, criaram outra tendência: as telas cada vez maiores.

A indústria até tentou diferenciar esses aparelhos maiores usando o termo “phablet”, mas ele até agora não vingou. Na prática, o que temos são smartphones com telas de até 6,6 polegadas, quase beirando as 7 polegadas dos tablets, outro produto derivado dos smartphones e que também veio para ficar.

A ilustração acima mostra como os aparelhos eram no início, quais foram as transformações pelas quais eles passaram e como está a situação atualmente. Em sua opinião, qual é o tamanho ideal de tela para um smartphone? Quanto maior, melhor ou há um limite?

Mais uma vez a tecnologia mostrou a sua imprevisibilidade e quando todos achávamos que esta ia caminhar em uma direção, ela tomou exatamente a direção oposta.

Depois da entrada dos celulares no mercado, uma tendência parecia se criar: aparelhos cada vez menores. Os celulares evoluíam com um diferencial ou outro como toques polifônicos, display colorido, a câmera foi até uma grande inovação... Mas o tamanho reduzido era sempre algo a ser destacado. As marcas investiam bastante no design e os aparelhos ficavam menores e menores. O que considerávamos algo muito bom e levávamos bastante em consideração na hora de escolher um, até porque era mesmo um grande conforto em relação aos primeiros "tijolos".

Dessa forma, celulares poderiam parar de diminuir, mas não imaginávamos que eles voltariam a crescer, não imaginávamos que iríamos querer isso novamente. Mas o acúmulo de funções, a capacidade de rodar vídeos, jogos e vários apps e até a eliminação do teclado físico pediram (e fez com que pedíssemos) o tamanho dos aparelhos de volta. Assim, o termo "phablet", apesar de não vingar, faz bastante sentido, pois hoje temos smartphones que dão a sensação que colocamos um tablet no rosto para conversar com alguém.*

* Comentários acrescentados pela DLL Informática.
Fonte: tecmundo.com.br

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