terça-feira, 3 de novembro de 2015

3 dicas para sua empresa sobreviver a este ano



Aumento de impostos, inflação no limite, aperto do crédito, desvalorização cambial e Produto Interno Bruto (PIB) de 0,38%, segundo o Banco Central. Este ano promete ser desafiador para todos os setores da economia.
A expectativa dos empreendedores para a economia brasileira neste primeiro trimestre é bastante negativa na comparação com o último trimestre de 2014, segundo Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN), feito pelo Insper.

As pequenas empresas esperam faturar e investir menos em 2015. Se não bastassem os fatores macroeconômicos, quem vive em São Paulo, por exemplo, ainda sofre com cortes no abastecimento de água e energia, que já prejudica o lucro de muitos empresários.
“As micro, pequenas e médias empresas tendem a sofrer mais porque não têm gordura financeira para sofrer por mais tempo. As grandes conseguem passar um ano muito ruim e sobreviver”, opina Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo do Insper. 
Para João Carlos Natal, consultor da área de finanças do Sebrae-SP, a mudança na perspectiva é a grande diferença em relação a 2014. “O principal desafio para 2015 é preparar a empresa para um aperto financeiro”, sugere Natal. Uma das consequências deste ano para o empreendedorismo é a volta de um movimento que o Brasil deixou de ter há alguns anos: o empreendedor por necessidade. “Os processos de demissão que estão acontecendo nas empresas vão acabar levando a isso”, diz Nakagawa.
Nem tudo está perdido. Ainda dá tempo de apertar os cintos para fazer o negócio sobreviver a 2015. Se sua empresa conseguir passar por este ano, as perspectivas são bem mais animadoras. "Nestes momentos de crise é quando se separa o joio do trigo. Nos anos de aperto, de tempestade, os ruins são retirados, porque não têm estrutura. Os mais competentes, com boa gestão, continuarão e o mercado se abrirá”, diz Natal.
1. Projete os resultados
A tarefa mais imediata dos empreendedores agora é pensar nas finanças. “Ele precisa fazer uma planilha de projeção de resultados e controle dos custos. Puxe dados históricos, pelo menos dos últimos dois ou três anos, para fazer uma projeção para este ano”, afirma Nakagawa.
2. Ajuste custos e despesas
O próximo passo é ajustar as contas. “Eu sempre oriento que ele possa readequar as despesas a uma nova receita, quanto maior os controles financeiros, mais rápido ele toma essa decisão”, diz Natal.
Muitos empresários erram neste ponto, por desconhecimento, e demoram muito para fazer ajustes, se desfazendo de bens pessoais antes de cortar gastos. “Ele continua gastando mais do que está ganhando e no final tem uma dívida muito grande e quebra a empresa”, afirma o consultor do Sebrae/SP. O fluxo de caixa é uma ótima ferramenta na hora de fazer estes ajustes.
3. Comece o Orçamento Base Zero
Outra ferramenta interessante para momentos como este é o Orçamento Base Zero. Você divide as saídas de caixa em três categorias. O primeiro grupo é o das saídas vitais, associadas à operação. O segundo é das despesas que garantem a vantagem competitiva do negócio. O terceiro grupo é tudo aquilo que você não sabe bem em qual categoria encaixar, são os gastos mais supérfluos.
“Os gastos de tipo um você mantém, mas tenta reduzir. Na categoria dois, se a empresa tiver alguma flexibilidade, folga de caixa, pode valer a pena inovar. Se não tiver, tem que reduzir. E os gastos do tipo três são os que devem ser cortados direto”, ensina Nakagawa. “O objetivo para esse ano é continuar sobrevivendo”, complementa. 
Fonte: www.exame.com

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