Um manifesto
publicado nos anos 2000 profetizou: saem os consumidores e entram as pessoas;
vender é uma conversa a dois em uma mesa. Atualmente, a grande revolução é
falar com milhões de pessoas e cada uma ter a sensação de ser única, sem a
necessidade de conversas ensurdecedoras. Young Moon, professora de Harvard,
anunciou: "O sussurro é o novo grito no século XXI". Isso significa
que os mercados são feitos de sussurros porque as pessoas estão próximas,
ninguém precisa gritar. E nesse sentido, ser transparente é obrigatório na era
da cocriação.
Em vez de
conversar com as companhias aéreas, as pessoas querem trocar experiências, e
fazem isso no FlyerTalk.com, uma comunidade de negócios de ávidos viajantes,
que tem milhares de recomendações e comentários sobre voos.
Neste tempo
novo, pessoas querem seguir pessoas. Vivemos o império da credibilidade. Olhe
em volta: empresas gigantescas têm menos relevância, seguidores, fãs e amigos
que autores, celebridades e ativistas.
Não importa
o tamanho do negócio, é possível investir em sua presença nas redes.
Diferentemente das mídias broadcast 1.0, nas quais você precisava de muito
dinheiro para anunciar e colocar publicidade em revistas, rádios e televisão,
as redes sociais são acessíveis. Sua marca pessoal ou corporativa precisa
apenas de um excelente planejamento e vontade de inovar, ou seja, uma pequena
empresa pode ter uma presença digital igual ou melhor que a queda de uma
empresa secular de automóveis. Você apenas precisa estar pronto para responder
críticas e dar feedbacks, os ícones das conversas 2.0.
Sua empresa
precisará ter a humildade de dizer simplesmente "obrigado por
colaborar" ou "desculpe-nos, erramos".
Um dia
desses, ao acessar minha conta no Flickr , algo deu errado e, em vez daquele
chavão "Nossos servidores estão com problemas, tente mais tarde" a
mensagem era "Ops, o Flickr está com soluço! Já, já melhora". Em vez
de me irritar, eu sorri.
Vamos
humanizar as relações digitais. Não se trata de humanizar uma marca e sim toda
uma empresa. As histórias devem ser feitas por pessoas nas empresas, sem fim. A
cada dia, um novo capítulo da relação é contado. Essa jornada é um processo
cumulativo e contínuo de aprendizagem, que questiona, corrige e responde. É uma
discussão aberta, colaborativa e distribuída, mas organizada.
Fonte: administradores.com.br
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