Embora o nível de confiança dos consumidores esteja em declínio, as taxas de juros reais em alta e a inadimplência em patamares peocupantes, as vendas no varejo brasileiro subiram 0,5% em setembro na comparação com agosto, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada este mês pelo IBGE.
O desempenho do comércio vem intrigando especialistas, poque destoa de outros dados que indicam perda de ritmo da economia. Em agosto, as vendas já haviam subido 0,9% frente a julho.
Em relação a setembro do ano passado, o varejo registro acréscimo de 4,1%. No acumulado do ano, a alta foi de 3,9%, e em 12 meses, de 4,8%.
A receita nominal de vendas apresentou taxa de variação de 10,6% em comparação a setembro do ano passado.
As vendas cresceram em sete das dez atividades pesquisadas na comparação com agosto. O destaque foi para os artigos de uso pessoal e doméstico (2,4%); farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,9%).
"O resultado ainda reforça a percepção de que o desempenho do consumo das famílias foi favorável no terceiro trimestre, refletindo a deflação, especialmente de alimentos. Notamos também a retomada das vendas em volume. O arrefecimento da inflação de alimentos e a melhora da confiança tiveram papel relevante para esse desempenho favorável", diz o economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, em nota.
Na análise com o mesmo mês do ano passado, oito segmentos apresentaram aumento de vendas: outros artigos de uso pessoal e doméstico (14,8%); móveis e eletrodomesticos (7,6%) e em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,9%).
Quando são incluídas as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção - o chamado varejo ampliado - houve alta de 7,5% no confronto com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano houve alta de 3,6% e, em 12 meses, de 4,9%. Já a receita nominal cresceu 8,7% e 9,2%.
Autor: Sérgio Vieira
Fonte: O Globo
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