quarta-feira, 15 de maio de 2013

Brasil tem a segunda internet mais cara do mundo, mas o problema acaba no preço?



Eis uma pesquisa que vem para comprovar aquilo que todo mundo já sabe: a internet brasileira está entre as mais caras do mundo. A incrível constatação foi feita a partir de um levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que relaciona o preço médio da banda larga com a renda per capita da população em 15 países.

De acordo com o “ranking” apresentado, o Brasil ocupa a segunda posição ao fazer com que a população tenha de trabalhar 5,01 horas por mês para poder pagar por uma conexão de 1 Mbps. Levando em consideração que muita gente opta por velocidades maiores, basta fazer o cálculo para ter uma ideia do quanto de seu salário é “comprometido”.

E para quem gosta de amenizar suas dores com a desgraça alheia, o estudo mostrou que estamos atrás apenas da Argentina, que carrega o ingrato título de internet mais cara do mundo. Tudo isso porque nossos hermanos precisam dedicar 5,15 horas de trabalho mensais para terem acesso à banda larga.

Segundo a FGV, o preço médio da conexão de 1 Mbps em nosso país é de US$ 25,06 — cerca de R$ 50 na cotação atual —, e mais de 40% desse valor corresponde a impostos. Em termos comparativos, apenas 5% do valor cobrado pela internet japonesa são taxas — o que explica a feliz última posição no ranking, uma vez que o país exige apenas 0,015 hora de trabalho por mês pela mesma velocidade.

Apesar de o resultado não surpreender, a pesquisa sugere uma possível relação entre a acessibilidade à internet oferecida à população, isto é, a disponibilidade de acesso à rede por preços acessíveis, e o desenvolvimento do país. Isso porque, parando para pensar no assunto, não faz sentido que a facilidade de acesso a uma das maiores ferramentas e fontes de informação existentes interfira no desenvolvimento de um país? Percebendo essa provável ligação, não é difícil de entender a diferença entre o Brasil e o Japão, pois, se o brasileiro não tem acesso à informação, o país não cresce, não se desenvolve.*

* Análise crítica acrescentada pela DLL Informática.
Fonte: tecmundo.com.br

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